Arroio do Silva emancipado

O Balneário Arroio do Silva, então Distrito de Araranguá, alcançou sua emancipação após plebiscito realizado em 17 de dezembro de 1995, quando os moradores optaram pelo "Sim", depois de movimento organizado por uma Comissão especialmente designada para o pleito. Deu-lhe a condição de Município a Lei estadual nº  10.055, de 29 de dezembro de 1995.  

Confundindo-se com a própria história de Araranguá, e que um dia foi  "Capão da Espera", o Balneário Arroio do Silva, ao nascer, teve, em diferentes épocas, os nomes de "Capão da Entrada" e "Capão da Mangueira". Eram tempos em que o modesto “Arroio” ainda não sonhava ser um dos mais movimentados recantos litorâneos de Santa Catarina.

O "Capão da Entrada", mais distante da praia, ficava a cerca de 1.800 metros do mar, em direção da então sede do município 

O "Capão da Mangueira", de longa duração, veio a ser desativado definitivamente por determinação do prefeito de Araranguá Israel Fernandes, que transformou a extensa área em local para lavoura de mandioca.

Até ali, moravam na praia do Arroio do Silva apenas pescadores nativos ou pioneiros desbravadores de dunas que, à beira-mar, buscavam o sustento de seus familiares. 

Vivendo basicamente da pesca, os moradores da “Praia do Arroio” logo se mobilizaram e fundaram a "Colônia de Pesca Z14", uma das primeiras organizações do gênero registradas na Capital, administrada em Araranguá por Bonifácio Soares (Bonifácio Sardinha), em 1922.

Já naquela época, pouco se sabia acerca da verdadeira origem do topônimo Arroio do Silva, atribuído ao principal balneário araranguaense. Havia, no entanto, sobre ele algumas versões,  três delas com maior ênfase:

1) A chegada de uma família de procedência desconhecida, de sobrenome Silva, que fixou residência nas proximidades da "Pedreira", lugar até ali conhecido e identificado apenas como "Caminho dos Arroios".  Esta versão vem-se propagando de geração em geração, tendo sido repassada a Antônio Borges Filho (em 1995, o mais antigo morador da praia) pelo não menos pioneiro cidadão praiano Bernardino Timboni.

2) Corre, porém, a versão de que o nome da praia se teria originado no grande patrimônio constituído  no lugar pelo bem sucedido comerciante de farinha de mandioca de Araranguá Procópio Caetano da Silva,  versão defendida por sua filha mais nova, Dalcy da Silva Pessi.

3) Para Dorilda Silva, esposa de Cid Batista de Carvalho, o nome Silva, dado à praia, deve-se a seus avós João Antero e Luísa,  que tinham esse sobrenome e foram para o Arroio antes do seu efetivo povoamento.