Vivendo hoje a condição de ser o mais movimentado corredor de pedestres da cidade de Florianópolis, por conta do intenso fluxo de pessoas que transitam em ida e volta ao Terminal Integrado do Centro – TICEN, a Rua Jerônimo Coelho teve em outros tempos a importância por conta das próprias edificações: dentre outras repartições, ali funcionaram o Diário Oficial de Santa Catarina e o Tribunal de Contas do Estado, de 1908 a 1929.
Do nome oficial que ostenta, rende homenagem a Jerônimo Francisco Coelho, lagunense, patrono da imprensa catarinense, orador eloquente, chamado em seu tempo de “Espada Falante”, foi um homem público que perpetuou seu nome na memória histórica Barriga-Verde.
Não fosse pela larga visibilidade política, seria, certamente, pelo pioneirismo na comunicação impressa, quando fez circular o primeiro jornal de nossa terra “O Catharinense”, editado no Desterro em 28 de junho de 1831.
Jerônimo Coelho publicou um segundo periódico na Capital: “O Expositor”, isso em 1832, este que se tem, também, como o segundo jornal regular de Santa Catarina.
Como homem público e militar, foi líder de partido, à frente dos Liberais - antes chamados de “Judeus”, quando vivia intensamente os embates políticos na Capital; antagônico aos Cristãos. Seus aliados, dentre esses, Marcelino Dutra e Amaro José Pereira, para uma identificação pública mais clara, usavam fitas pretas no chapéu; já, os Cristãos, adversários direto, pretas.
Fundador da primeira Loja Maçônica de Santa Catarina, Jerônimo Coelho, comendador e ocupante da Cadeira 17 da Academia Catarinense de Letras; governou as províncias do Pará e Rio Grande do Sul, foi Ministro da Guerra e da Marinha, vice-presidente da província de Santa Catarina e deputado provincial.
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