Com certos detalhes, precisamos saber como e onde começou a vitoriosa trajetória do futebol catarinense, este que estará na Série A do campeonato brasileiro de 2015, com quatro representantes; acima de cariocas, mineiros e gaúchos.
Um dos motivos do nosso sucesso foi que começamos a crescer pela raiz, ou seja, pelos “Estaduais”, isso desde 1924, com muita homogeneidade, pulverizando campeões pelos quatro cantos de Santa Catarina, conforme o bom momento de cada região.
De 1924 a 1945, Florianópolis, onde se organizou a primeira liga, a Santa Catarina de Desportos Terrestres (depois, Federação Catarinense de Futebol), saiu na frente: o Avaí venceu por nove vezes: em 1924; de 1926 a 28; 1930, e de 1942 a 1945. Figueirense, cinco: em 1932; de 1935 a 1937; 1939 e 1941; Externato e Atlético Catarinense, uma vez cada, em 1925 e 1934.
Quebrando a hegemonia da Capital, o Caxias, de Joinville, foi campeão em 1929; Lauro Muller e Cip, de Itajaí, venceram em 1931 e 1938. Ypiranga e Atlético São Francisco, foram campeões de 1936 e 1940 respectivamente. Em 1933 não houve a competição.
Depois de uma nova parada em 1946, por conta da Segunda Guerra Mundial; de 1947, até às portas dos anos 60, o Norte catarinense predominou: O América de Joinville, então, foi campeão quatro vezes (1947, 48, 51 e 1952); Caxias, também de Joinville e Carlos Renaux de Brusque, duas, em 1954 e 1955 e 1950 e 53, respectivamente; e Olímpico, de Blumenau e Operário de Joinville, uma vez, em 1949 e 1956.
No mesmo período, dos times não pertencentes à região, só Hercílio Luz, de Tubarão, com os títulos de 1957 e 1958 e o Paula Ramos de Florianópolis, em 1959, lograram êxito.
Em 1960, começou, então, a Era Metropol, de Criciúma; que durou dez anos. Tudo por conta de uma meteórica e vitoriosa trajetória. O time da Capital do Carvão foi campeão estadual de 1960 a 1962, 1967 e 1969. Realizou, ainda, uma histórica e bem sucedida excursão à Europa.
Do mesmo sul catarinense, O Comerciário, também de Criciúma deixou sua marca de campeão, em 1968; e, entremeando as conquistas do sul vieram os títulos do Olímpico de Blumenau em 1964; Internacional de Lages, 1965 e Perdigão de Videira em 1966. O Marcílio Dias de Itajaí foi homologado campeão de 1963, pela FCF, por ter vencido o Torneio Luiza Mello, única competição oficial da entidade e por não ter havido o Estadual no mesmo ano.
Já com o Metropol fora de cena, extinto que foi em 1969, o sul catarinense continuou forte em 1970. O Ferroviário de Tubarão levantou aí sua primeira e única taça. E, no ano seguinte, o América, de Joinville abriria mais um rol de títulos para o Norte: A região venceu por onze vezes, sendo dez por conta do Joinville: 1976; de 1978 a 1985 e em 1987.
Figueirense e Avaí, de 1972 a 1975 revezaram-se nas conquistas estaduais, enquanto, no mesmo período despontavam Chapecoense campeã de 1977 e Criciúma, em 1986, este que revitalizou o futebol sul catarinense. Levantou seis canecos: 1989 a 1991; 1993, 19995 e 1998.
Avaí, Chapecoense, Brusque e Figueirense, no novo período fértil do sul, entremearam as vitórias nas competições de 1988 e 1997; 1996; 1992 e 1994.
E, de volta aos seus bons momentos, a Capital, à entrada do Século XXI, retomou a hegemonia do futebol catarinense. Venceu até 2014, dez vezes: Em 1999; de 2002 a 2004; 2006, 2008 e 2014, com o Figueirense; e em 2009, 2010 e 2012 com o Avaí.
As conquistas de 2000 e 2001 foram do Joinville; 2005 e 2013 do Criciúma e 2007 e 2011 da Chapecoense.
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