terça-feira, 23 de agosto de 2011

Comunidade Unida




Depois de algumas reuniões com a Secretaria de Obras da Prefeitura, que firmou parceria com a comunidade, a região da Pedreira - no Farol - conquistou para a sua rua principal o revestimento com lajotas.

Ali, numa extensão que aproxima os 200 metros, em determinados trechos que não passavam de sinuosos caminhos para a Prainha, já se pode ver um traçado bem definido.

Moradores veranistas e visitantes das redondezas comemoram o bom andamento dos trabalhos, por tratar-se da primeira rua, com esta extensão - sem ser a principal - a ganhar esse tipo de melhoria no Cabo de Santa Marta Grande. A expectativa da comunidade da Pedreira é de que até o início da temporada tudo esteja concluído.






sábado, 6 de agosto de 2011

Estrada Tubarão-Farol: Um sonho antigo

O assunto continua atual, por conta dos problemas que se perpetuam; mas não é de hoje que se fala na necessidade de uma boa estrada ligando a cidade de Tubarão às praias do Farol de Santa Marta, via congonhas. Este sonho - que é muito antigo - vem desde os tempos da Segunda Guerra Mundial, quando a imprensa da Cidade Azul começou, então, a "martelar" na questão.


Entendiam ser por ali o melhor, o mais rápido e o mais curto caminho para os tubaronenses alcançarem qualquer balneário, notadamente por conta da curta distância, o fácil acesso e o baixo custo de manutenção do leito da rodovia. Tempos difíceis, quando não se falava, nem de longe, numa boa rodovia federal para Laguna, no caso a BR 101, obra que, inclusive, já se amplia com a duplicação.

A prova maior dessa vontade do povo da Cidade Azul está estampada no bom texto do jornal "A Imprensa", de Manoel Aguiar, de 27 de janeiro de 1945; matéria que foi a última inserção daquela época, sabendo-se que duas outras já haviam sido feitas no mesmo periódico, ambas em 1942, aí no auge da Grande Guerra, nas edições de 23 de maio e 20 de junho.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

SC 100 - Obras vão recomeçar

   Vem de Tubarão, via jornal Notisul de hoje, a boa nova de que as obras de asfaltamento na rodovia SC 100 – trecho Laguna/Jaguaruna -, devem recomeçar até o próximo dia 21, data limite estipulada pela FATMA. Alguns desencontros de interpretação do acordo estavam emperrando o andamento.
 
    Já havia, inclusive, máquinas e homens naquele trecho, conjunto que iniciou, em boa velocidade, o alargamento da estrada. O trabalho partiu da Passagem da Barra e avançou perto de mil metros em direção ao Farol.   
   
   Segundo o secretário de desenvolvimento regional em Laguna, Cristiano Lopes, tudo foi superado, inclusive a questão ambiental e das queixas dos moradores sobre as desapropriações dos terrenos por onde vai passar a estrada; e agora, pelas informações do secretário, não há motivos para que as máquinas não continuem trabalhando.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Hábeis e experientes lobos do mar



       Este grupo de pescadores é a própria memória contemporânea da comunidade do Farol de Santa Marta Grande. 

    São veteranos embarcados, já aposentados das atividades em alto mar, que todo ano fazem a tradicional "espera" da tainha em terra firme, isto na Prainha, sempre no inverno, entre junho e julho. 

       Ali, eles ficam por horas e horas, desde a madrugada, até que um colega "vigia"  - em lugar mais estratégico - sinalize informando que um bom cardume se aproxima. 

      É hora, então, de embarcar nas canoas e avançar, no máximo, quinhentos metros mar a dentro e fazer o tão esperado "cerco".  Toda a operação não dura mais que uma hora e do que conseguem apanhar nas redes, grande parte fica na própria comunidade do Farol. Ali, o produto é vendido e distribuído entre os que se empenharam na árdua tarefa.

      A bandeira branca do sinalizador representa dizer que tem peixe; já, abanada junto com a vermelha, é que tem muito peixe!   - E assim eles vão passando experiência e mantendo a velha e boa forma no tipo e jeito de ser pescador artesanal. 

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Chega de jogo do empurra!



Já está demais, assim ninguém aguenta; uma hora é uma coisa, outra hora é outra, e assim vão nos enrolando com balela em cima de balela!

Isto é o que mais eu tenho ouvido do pessoal do Farol de Santa Marta e arredores, quando falam da tal SC 100 (por enquanto, por lá, só uma SC 100 nada!) e a chegada do tão sonhado asfalto no trecho Balsa/Camacho. 

E os mais inconformados e apressados, por conta disso, tem até uma sugestão a quem interessar possa: se não dá para tocar a obra lá pela Passagem da Barra, que abandonem tudo e recomecem pelo lado do Camacho, onde o leito parece bem melhor.  Quem é de Laguna, é claro, não concorda. 

Reclamam também, e muito, por exemplo, de quem manda e desmanda no processo, por não ter feito um planejamento adequado e definitivo das obras e, mais ainda, por ter chegado a entraves historicamente comuns e prováveis nessas situações, como as tais licenças ambientais e as indenizações por desapropriação.

Direto e reto, os nativos cutucam: se apressaram e fizeram quase tudo no chute, colocando, como se diz no popular, o carro na frente dos bois.  
    
E, pensando rápido, é certo se admitir que eles estão com a razão pois aquela obra está num puxa-e-estica que não acaba mais. Só na promessa, a tal melhoria ficou  uma Era e nada de acontecer. E agora, quando parecia que a coisa ia andar, des andou, justamente quando nos davam certa esperança, com uma boa enfezada de máquinas e homens na pista e tudo mais que pudesse parecer definitivo. Estava até bonito de se ver! - Pena que a alegria durou pouco e a obra empacou de vez. Tudo indica que vamos ter por aí mais um PitStop de razoável duração. As máquinas sumiram como num sopro, e os trabalhadores, também!   

Nada contra quem lá estiver, mas o difícil, daqui por diante, é acreditar num novo dessa vez vai!  quando outra vez encontrarmos aqueles operários com seus equipamentos, devidamente paramentados como quem vai ao trabalho de campo. - E temos todo direito de desconfiar, não é mesmo? Também, pudera!
     

Farol 120 anos



        O assunto farol no Sul -  mais precisamente em Laguna -, começou nos extertores do tempo do Império,  Século XIX, e só terminou na entrada da República, em 11 de junho de 1891, quando as estradas de rodagem eram precárias ao extremo, o trem de ferro só começava a chegar e o avião ainda vivia seus experimentos que só seria sucesso em 1903. 

          Até que todos vissem o farol concluído, foram anos e anos de expectativa e, da mesma forma, outro tanto de naufrágios e acidentes, muitas mortes por afogamento e vários navios perdidos; tudo por conta da falta de um sinalizador artificial de bom porte que pudesse melhor orientar as inúmeras embarcações que cruzavam o temido Cabo de Santa Marta Grande, rumo  ao Sul ou no sentido inverso. 

         Já não eram tão eficientes, até ali, as sinalizações rudimentares das frágeis fogueiras, elas que principiaram o sistema de sinais à distância no mundo das águas e que, sempre expostas ao gosto do tempo, tinham pouca durabilidade e, principalmente, proporcionavam visibilidade apenas razoável e a curta distância.

        Tempos, ainda, que as inúmeras fendas rochosas que debruam a ponta aguda do cabo faziam tremer e rezar os mais experientes Lobos do Mar, estes que assinalavam como ponto negro em suas cartas geográficas a tal  Laje do Campo Bom, sólido conjunto empedrado submerso que, de Jaguaruna, se alonga até lá. 

        Com pouca ou muita tempestade, o insucesso ali era iminente. Logo, não foi de graça que alguns passaram a chamar o lugar de Esquina do Mundo. Diziam ainda os embarcados, que quem vencesse aquelas temidas águas estaria a salvo pelo resto da viagem. Vida longa para os marujos!  - exclamavam, quando vencida a mais arriscada das etapas ao sul do Atlântico. 

        Era preciso, então, que se promovesse uma ação imediata para que, pelo menos, minimizasse a terrível situação.

        O tempo de espera foi longo e, pela ansiedade, pareceu maior ainda. É que no meio do caminho houve muita troca de correspondência e questionamentos entre os mais influentes súditos da Corte e os próprios mandantes coroados. A questão maior era a liberação de verba a contento, pois, sabia-se, a obra seria muito cara e vários pedidos de lugares considerados mais importantes e, principalmente, mais influentes, estavam na longa fila e, para furá-la, era preciso muito argumento. 

        Até que um dia, o melhor aconteceu: foi dada a largada na construção da magnífica torre e em pouco tempo estava erguida a maior lanterna artificial da América, no gênero - tudo com a experiente e consagrada tecnologia francesa -; edificação que, por sua portentosa luminosidade, logo repercutiu por todos os mares do Mundo e, também sem demora, virou referência universal de segurança na navegação.

        Sabia-se, e muito bem, que, daquele dia em diante, uma nova história de faróis começava a ser escrita, tendo por norte as cristalinas luzes do gigantesco foco instalado no ponto mais alto do Cabo de Santa Marta Grande. E hoje, firme, forte e ativo, lá está ele, do alto de seus seus 120 anos, comemorando mais um ano de muita luz e energia.