segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Carnaval na Praça XV


De todos os momentos de congraçamento popular, porém, nenhum, em época alguma, aglomerou tanta gente em dias sucessivos, na Praça XV, quanto o carnaval. 

E pelas inúmeras atrações que apresentava na cidade, em 23 de fevereiro de 1968  (há 47 anos) a Praça XV ganharia uma arquibancada com capacidade para 1.000 pessoas, público expressivo para a época. 

De antes, primeiro foram os corsos regados a água de cheiro, preferencialmente com aroma de limão; depois, os elegantes mascarados, com irresistíveis lança-perfumes e perseguidos por adeptos do entrudo e, por agora, a irreverência dos blocos de sujos, cortejos de homens geralmente com maquiagem caricata, que percorrem as ruas envergando trajes femininos burlescamente adaptados. 

E, no mesmo ritmo, como grata herança do século XIX, tivemos por muito tempo o brilho esfuziante das Grandes Sociedades, todas com carros alegóricos artisticamente coloridos, ao estilo de gigantescas carruagens, dragões, castelos e pagodes chineses, sempre  ornamentados por belas senhoritas ou senhoras, além de figuras a  representar personagens conhecidas da vida e da história nacionais. 

Mais adiante, porém não muito, surgiram as escolas de samba, nos moldes das conhecidas e aplaudidas corporações carnavalescas cariocas, encantando a todos e trazendo para o público a magia dos sambas-enredos.

Em 1970, em passarela montada defronte à Catedral, se apresentaria o conhecido figurinista e carnavalesco Evandro de Castro Lima, várias vezes campeão no Baile Municipal do Rio de Janeiro, na categoria fantasia de luxo. 



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