A terrível doença que atacara Cruz e Sousa, irreversível à época, provoca o extermínio físico do Cisne Negro, tão rico de ideais.
Cruz e Sousa morreu dia 19 de março de 1898 (Há 117 anos), vítima da fatal enfermidade, à beira da miséria total, na erma localidade de Sítio, interior de Minas Gerais, aonde fora, em fevereiro do ano anterior, na esperança de debelar o mal que o acometera. Seu pai havia falecido três anos antes, por conseguinte, em 1896.
Deu-se no dia imediato, 20, o sepultamento do poeta, no cemitério São Francisco Xavier, localizado na própria cidade que o acolhera e ele elegera para viver grande parte da existência, o Rio de Janeiro.
Deixava, assim, a viúva Gavita com os filhos Raul, Guilherme e Reinaldo nos braços e um por nascer. Este levaria o nome completo do pai, acrescido de Júnior.
Os três primeiros, também acometidos de tuberculose, morreram quando ainda crianças, enquanto o caçula, João da Cruz e Sousa Júnior, faleceu na juventude dos seus 17 anos, deixando, porém, descendentes.
É que bem cedo ele se unira a Francelina Maria da Conceição. Gavita, a esposa do poeta, viria a falecer em 1901.
É que bem cedo ele se unira a Francelina Maria da Conceição. Gavita, a esposa do poeta, viria a falecer em 1901.
Acerca da melancólica despedida da vida física por parte do vate, contam os historiadores que, como se não bastassem as adversidades enfrentadas ao longo de sua existência, não menos compungente foi ver-lhe o corpo inanimado chegar a uma estação de trem carioca, oriundo de Minas Gerais.
O corpo viajou estirado sobre imundo tablado de um vagão sem janelas que se utilizava no transporte de gado. O cadáver fora envolto em papéis que lhe cobriam a surrada mortalha, a qual era representada pelo único e pobre traje de que dispunha o poeta.
A essa cena contristadora assistiram, estupefatos e revoltados, tão-somente quatro amigos que viviam no Rio de Janeiro: Tibúrcio de Freitas, Maurício Jobim, Carlos Fernandes e Nestor Vítor.
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