Durante sua passagem pela Assembléia Legislativa catarinense, Antonieta de Barros, a nossa primeira deputada, além de outras ações de cunho popular, foi autora do texto da lei visando à criação das carreiras remuneradas de Diretor de Grupo Escolar e de Inspetor Escolar em Santa Catarina. Proporcionou, com isso, maior autonomia administrativa aos educandários.
Comunicadora por excelência, não teve dificuldade alguma em enveredar, também, pelos caminhos da imprensa. No exercício do jornalismo, veiculou bom número de artigos de sua autoria. Foi redatora e proprietária do periódico A Semana, que circulou de 1922 a 1927, e dirigiu a revista local Vida Ilhoa, em 1930.
Por um bom tempo, Antonieta, que em casa, quando criança, era carinhosamente chamada de Negrinha, escreveu inúmeras crônicas, todas amplamente divulgadas na imprensa da capital, sempre assinadas sob o pseudônimo de “Maria da Ilha”. Pertence à sua autoria, afora numerosos artigos, uma obra de fôlego, o trabalho Farrapos de Idéias.
Nesse tempo, era comum a imprensa abrir espaço para pessoas desejosas de divulgar seus textos sob epítetos, até porque a maioria não pretendia expor-se publicamente.
Antonieta de Barros – que morava na rua Fernando Machado, 32, centro – faleceu solteira, em 28 de março de 1952,(há 63 anos) aos 51 anos de idade, às 10 horas da manhã, no Hospital de Caridade, em Florianópolis.
O sepultamento da mulher pioneira na militância política em Santa Catarina aconteceu no cemitério de São Francisco de Assis.
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