É hoje! - Finalmente chegou o dia de Natal. Contei os dias do mês de dezembro, minuto a minuto e parecia que ele nunca ia chegar. Mas, aí está, todo ensolarado, sem uma nuvem no céu, só me esperando para brincar.
Acordei cedo e, claro, tão logo abri o olho, tratei de olhar embaixo da cama, onde minha mãe sempre costumava deixar meus presentes nesse dia. Lá estavam os dois carrinhos Oppel de plástico, um azul e outro verde; um saquinho com bolinhas de vidro , olho de gato com um bolão e um pioco; e, o melhor de tudo, uma bola futebol, de couro, número três, novinha em folha; tudo certinho, como eu havia pedido a ela de Natal.
Tratei de pular logo da cama, tomar um café rapidíssimo e sair correndo até o campo do Grêmio Desportivo Cidade Azul, que ficava na rua Santos Dumont. Eu morava na paralela, a Rui Barbosa, isso em Tubarão, no sul do Estado.
Quando cheguei lá, milhares de moleques iguais a mim já estavam "rolando o caroço" - como dizíamos -.cada um exibindo sua preciosidade. Certamente eram mais de 30 meninos, todos muito eufóricos.
E quando dei pela hora, já passava muito do meio dia. Corri, então, pra casa, dei duas garfadas no arroz com feijão e voltei imediatamente para o campo do Grêmio. De lá só saí quando não havia mais claridade.
Eu, cansado? - Que nada! - Queria era muito mais. Assim houvessem milhares de natais iguais aquele que passei.
Nenhum comentário:
Postar um comentário