O tempo, implacável como sempre, passa muito rápido. Parece que foi ontem que o mundo artístico de Santa Catarina perdeu um de seus maiores nomes. Estou falando de Luiz Henrique Rosa, um grande músico barriga-verde que, quase que venerado no mundo da música da Capital, é tubaronense de nascimento.
E faltou bem pouco para que o mesmo Manezinho tubaronense “explodisse” com sua arte nos tempos marcantes da Bossa Nova e se tornasse um consagrado letrista e intérprete da música brasileira. Faltou-lhe, apenas, então, aquele passo a mais na mídia nacional, o tal “empurrãozinho”, pois o talento, claro, já havia sido mostrado e reconhecido.
É que, além de ter se relacionado com artistas nacionais como Elis Regina, João Gilberto e Vinícius de Moraes, vozes consagradas que aplaudiram seu trabalho, nosso artista esteve, ainda, lado-a-lado com a famosíssima atriz e cantora americana Liza Minelli. Com ela firmou sólida amizade e também cantou junto. Os dois se conheceram durante uma apresentação de Luiz Henrique em Chicago, nos Estados Unidos, país onde o compositor sul catarinense foi morar no início dos anos 70.
É certo dizer, ainda, que a discografia de Luiz Henrique Rosa não é pequena e que, mesmo assim, fica longe da longa lista de composições que escreveu ao longo de sua existência. Foram aproximadamente duzentas letras de canções que interpretou e dedilhou musicalmente nas cordas de seu inseparável violão.
Em 2003, numa homenagem que partiu dos admiradores e amigos ilhéus de Luiz Henrique Rosa, foi produzido um CD, em larga escala, com dez das suas principais canções. A obra, gravada em estúdio do Rio de Janeiro, trouxe interpretações de vários artistas nacionais, destacando-se aí Martinho da Vila, Elza Soares, Ivan Lins, Luiz Melodia e Sandra de Sá e Toni Garrido.
Luiz Henrique Rosa, nascido em 25 de novembro de 1938 na Cidade Azul e que se mudou para a Capital aos onze anos de idade, veio a falecer aos 46, na noite de 9 de julho de 1985, em Florianópolis. A Variant Volckswagen que conduzia foi violentamente abalroada por uma Kombi desgovernada, no bairro Pantanal, na Capital.
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