sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Os bons tempos (não) voltaram


Feito para atender simultaneamente às duas principais ruas comerciais do Desterro, isso no Século XIX e, já Florianópolis, à entrada do Século XX  - a Conselheiro Mafra e a João Pinto -, o corte que dividiu a Praça XV em duas fatias distintas teve em seu pequeno trecho três edificações que se tornaram peças históricas da memória da Ilha.

Primeiro foi o Mercado Público, já demolido, erguido após a visita de D. Pedro II e que durou pouco tempo, ou seja, até a construção de um novo, concluído em 1876, o mesmo que hoje é ícone turístico da cidade. De antes, o que se via por ali eram toscas bancas de peixe ao ar livre, sem qualquer cobertura. As casinholas vieram mais tarde e, logo, o primeiro mercado.

Outro marco do lugar foi o erguimento da estátua ao militar catarinense Fernando Machado em 1917, personagem importante na passagem por terras paraguaias, quando e onde ferrenhos e desinteligentes embates aconteceram. A estátua foi tão marcante que, de tanto virar referência, deu nome ao próprio pedaço da Praça XV mais perto do mar. Virou, então, "Praça Fernando Machado" da vontade e fala do povo e, bem mais tarde, efetivamente, por um decreto do prefeito Sérgio Grando. 

Por último, ali se ergueu o "Miramar", também no final dos anos 20 do século passado; um trapiche que, com a instalação de um bar em seu prolongamento, tornou-se ponto de encontro de florianopolitanos de todas as categorias sociais, principalmente boêmios..          




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